Conhecida no Oriente como Tantra, a Magia Sexual é a prática ritualística desenvolvida através das energias canalizadas do corpo físico, da mente e do espírito humano. O ato de criar outras vidas através de relações sexuais e instituir uma força, ou um vínculo energético entre as pessoas envolvidas, é visto como místico e sagrado.
Como outras modalidades de Magia, a Magia Sexual também é um recurso usado como fonte do poder que fortalece as cerimônias ritualísticas e para obter o auto-conhecimento através da exploração do próprio corpo, psique e alma. A Magia Sexual é uma das faces mais importantes da Magia moderna.
Existem dois canais de energia no corpo humano que estão associados ao sistema nervoso central e à medula espinhal, conhecidos no Ocidente como Lunar e Solar ou Feminina e Masculina (receptiva/negativa e ativa/positiva).
Sagrado Feminino
Nas antigas crenças pagãs, os pólos femininos da criação eram reverenciados como sagrados e a mulher era vista como o principal canal gerador de vida. A Deusa era a divindade principal, responsável pela criação de todas as formas viventes.
Na Magia Sexual, o altar sagrado é formado por uma mulher que se deita de costas, nua, com as pernas dobradas e afastadas (de forma que os calcanhares toquem as nádegas). Um cálice é colocado diretamente sobre seu umbigo, ligando-o ao cordão umbilical etéreo da Deusa, a qual é invocada em seu corpo. Derrama-se o vinho sobre o cálice. O Sumo Sacerdote pinga três gotas de vinho, uma no clitóris e uma em cada mamilo, traçando uma linha imaginária que forma um triângulo no corpo feminino, tendo o útero como centro. Segue-se um beijo em cada ponto, enquanto a invocação é recitada.
Pancha Makara
A corrente oriental da Magia Sexual, chamada Tantra, é dividida em cinco categorias de aplicações distintas conhecidas como Cinco M ou Pancha Makara, que em sua maioria, são canalizados no campo físico (Caminho da Mão Esquerda) e outro simbólico (Caminho da Mão Direita). O Pancha Makara recebe interpretações diferenciadas nas cerimônias praticadas nas correntes do Ocidente, ou em algumas situações, são adaptadas ou omitidas.
Madya Sadhana
A palavra Madya significa Licor e este princípio está relacionado à aplicação do Caminho da Mão Direita com uso adequado de estimulantes que ativam o sétimo chakra, Sahastrara, considerado o último nível de evolução da consciência humana e responsável pela integração dos outros chakras.
Mamsa Sadhana
O termo Mamsa pode ser traduzido como carne e significar que este princípio está associado ao uso ritualístico de carne. Também pode ser compreendido como fala (do verbo falar) e ser interpretado como uma invocação ou um mantra. Em quaisquer dos casos, está associado ao Caminho da Mão Esquerda (Físico).
Matsya Sadhana
Matsya significa peixe. Este princípio é usado tanto no aspecto físico como no simbólico. É visto como um fluxo psíquico que corre através dos canais da espinha dorsal, ou minoritariamente, como o consumo ritual de peixe num banquete ou Eucaristia.
Mudra Sadhana
Este é o mais conhecido fora dos círculos tântricos e é utilizado de maneira similar nos Caminhos Esquerdo/Direito. Representa o uso de posições específicas do corpo (especialmente da mão) para simbolizar ou encarnar certas forças, além de efetuar mudanças na consciência.
Maithuna Sadhana
A palavra Maithuna refere-se a união sexual. Este princípio, que atua tanto no aspecto físico como simbólico, está relacionado primitivamente com a atividade sexual. Porém, pode ser interpretado também como a atividade simbólica.
(Por Spectrum)
Nenhum comentário:
Postar um comentário